Em mensagem endereçada aos sindicatos de todo o mundo, no dia 28 de junho deste ano, o Papa Francisco profere duras críticas ao modelo político e social exploratório que privilegia grupos específicos enquanto muitos trabalhadores são ceifados de seus direitos e idosos são obrigados a trabalhar por anos para ter o direito à aposentadoria.
Para a autoridade católica, a atuação das entidades sindicais é uma forma legítima de construir o novo pacto social.Para ele, um dos maiores desafios dos sindicatos hoje é proteger não só quem está dentro do mercado de trabalho, mas também quem está fora dele, descartado ou excluído. O capitalismo do nosso tempo não compreende o valor do sindicato, porque esqueceu a natureza social da economia. Este é um dos maiores pecados”, explicou.
Destacou ainda que habitar os ambientes periféricos pode se tornar um plano de ação, uma prioridade do sindicato atual e futuramente, apontou o Papa. “Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato. E não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares. Sindicato é uma bela palavra que provém do grego syn-dike, isto é, ‘justiça juntos’. Não há justiça se não se está com os excluídos”, finalizou.