De acordo com reportagem publicada na revista Valor Econômico, as novas regras trabalhistas devem aprofundar a diferença salarial entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados,
na visão do pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) André Gambier Campos. A publicação explica ainda que, em estudos coordenados pelo pesquisador, sindicalizados ganham em média 33,5% a mais do que recebem os não sindicalizados.
“Campos disse que, à primeira vista, essas diferenças entre as remunerações não são esperadas, uma vez que, historicamente no Brasil, todos os trabalhadores devem contribuir para a sua organização sindical, pagando taxas obrigatórias, e todos são contemplados pelos acordos coletivos”, aponta a reportagem.
Mas, com a reforma trabalhista que entra em vigor em novembro, o imposto sindical passa a ser facultativo. “Com a reforma trabalhista, essa desigualdade interna no mercado tende a se aprofundar”, alerta o pesquisador, destacando ainda que em países com liberdade sindical essa diferença costuma ser ainda maior.