Viemos a público denunciar a circunstância vergonhosa que tomou conta do Hospital Espanhol. A direção da unidade tem faltado com a verdade transparência e respeito com os trabalhadores que permaneceram no quadro funcional da instituição. Semelhante postura revela a ineficiência, incapacidade e ausência de tino daqueles que não estão aptos a administrar uma entidade centenária, de tamanha pujança, e tão importante à sociedade baiana como o HE.
Seis meses após fechar as portas – que provocou a demissão de quase dois mil funcionários – aos poucos mais de quinhentos colaboradores que continuam exercendo suas funções com o intuito de preservar o que resta do complexo hospitalar, por alimentar a expectativa de vê-lo reaberto, não receberam sequer um tostão pelos serviços prestados.
Agora, em uma demonstração de total desrespeito e descaso para com esses trabalhadores, sem divulgar nomes ou mais detalhes sobre quem irá assumir a administração da unidade, a atual direção passou a insinuar que a suposta empresa sucessora irá exigir demissão em massa espalhando temor e dúvida entre os subsistentes.
Perturbados, os trabalhadores não aguentam mais esta situação e estão ávidos para que tudo seja logo resolvido. Eles não aguentam mais ficar à mercê destes famigerados diretores, enquanto estes brincam de administrar uma instituição de tão grande porte.
Contrários aos abusos praticados, o SindiSaúde (Rede Privada) e o Sindicato dos enfermeiros solicitaram ao Ministério Público do Trabalho e ao Tribunal de Justiça da Bahia, o bloqueio imediato das contas, para preservar o pagamento dos salários destes incansáveis e dedicados lutadores. E é também para que você, cidadão e cidadã baianos, tenham conhecimento desta situação injusta que estamos nos manifestando hoje. Direitos trabalhistas existem e precisam ser respeitados.
Assessoria de Comunicação SindiSaúde (Rede Privada) e Seeb, Salvador, 12 de dezembro de 2014.